Boca Juniors entra na briga na pré-Libertadores e pode pegar o Corinthians
Quem acompanha o futebol sul-americano já sabe: os duelos de mata-mata das fases preliminares da Libertadores costumam ser uma verdadeira montanha-russa de emoções. Agora, a edição 2025 pode trazer, já nesse começo, um confronto que costuma parar o continente. O Corinthians, um dos times mais tradicionais do Brasil, pode encontrar o Boca Juniors na última barreira antes da fase de grupos do torneio.
A possibilidade ficou mais real depois do fim do campeonato argentino. O Vélez Sarsfield, campeão local, abriu vaga para o Boca Juniors pela classificação no ranking anual da AFA, jogando os xeneizes justamente para a segunda etapa preliminar da Libertadores. Ou seja, Boca entra um 'degrau' antes dos times brasileiros, mas está, pelo desempenho na Conmebol, no mesmo pote de sorteio de Corinthians e Bahia. Com isso, eles só podem se cruzar na terceira fase, aquela que antecede o tão sonhado grupo principal.
O sorteio dos confrontos acontece em 19 de dezembro de 2024 — data para marcar no calendário de quem gosta dessas rivalidades apimentadas e jogos que valem temporada. O Boca chega à disputa já acostumado à pressão. Ficar de fora dos grupos seria um vexame; passar pelo circuito de desafios é uma obrigação quase histórica para o time argentino. Do outro lado, o Corinthians, que também terá de ralar desde a largada, sonha em se livrar da tensão precoce, pegar embalo e retornar à fase principal após campanhas frustrantes recentes.

O cenário dos classificados argentinos e o tamanho do desafio
Além de Boca Juniors e Vélez Sarsfield, outros argentinos já garantiram vaga: Estudiantes, campeão da Copa da Liga Argentina; Central Córdoba, ganhador da Copa Argentina; Racing, que surpreendeu ao conquistar a Sul-Americana; e Talleres, classificado pelo desempenho na tabela nacional.
A combinação de adversários brasileiros e argentinos reflete o equilíbrio da Conmebol, que privilegia os clubes mais tradicionais em potes distintos para evitar encontros precoces entre favoritos. Mas nas fases decisivas da preliminar não tem como fugir: alguém grande sempre cai. Na edição passada, vimos o Botafogo despachar o Red Bull Bragantino nesse mesmo estágio, sinal de que o caminho é traiçoeiro — qualquer descuido, e a vaga escapa pelos dedos.
O Bahia também aparece como possível pedra no caminho do Corinthians ou do Boca, dependendo dos cruzamentos pós-sorteio. Ou seja, não dá pra respirar aliviado nem por um segundo. A única certeza é que, pelo menos um destes gigantes, se quiser mesmo celebrar vaga na fase de grupos, terá que provar força diante de rivais à altura logo nas primeiras semanas do torneio.
Então, não estranhe se janeiro e fevereiro de 2025 forem cheios de final antecipada. Rivalidades antigas, estádios lotados e clima de decisão com gosto de Libertadores logo antes do Carnaval. Feitos para quem tem nervos de aço e sonho continental.