Sheikh Hasina nasceu em 1947, filha de Sheikh Mujibur Rahman, o fundador de Bangladesh. Desde cedo esteve cercada por debates políticos e, quando seu pai foi assassinado em 1975, ela assumiu a luta pela democracia. Hoje, com quase duas décadas no poder, é uma das líderes mais influentes da Ásia sul.
Entrou na política nos anos 80, liderando o Partido Awami League. Em 1996, foi eleita primeira‑ministra pela primeira vez e, depois de um intervalo, voltou ao cargo em 2009, mantendo‑se até agora. Essa longevidade gera admiração e críticas, mas mostra sua capacidade de se adaptar ao cenário interno e externo.
Os números de crescimento econômico falam alto: o PIB per capita quase triplicou entre 2009 e 2023, impulsionado por projetos de infraestrutura como o metrô de Dhaka e a ponte Padma, que liga o norte ao sul do país. Essas obras criam empregos e reduzem a desigualdade regional.
Sheikh Hasina também investiu em energia limpa. O programa de energia solar rural levou mais de 4 milhões de casas a ter eletricidade, levando Bangladesh a ser referência mundial em iluminação solar off‑grid. Esse avanço melhora a qualidade de vida e abre portas para a educação digital.
No campo social, a líder lançou o “Women’s Empowerment Initiative”, que aumentou a participação feminina no mercado de trabalho e na política. Hoje, a taxa de alfabetização entre mulheres ultrapassa 73 %, um salto significativo comparado aos anos 90.
Apesar dos avanços, o governo de Hasina enfrenta bandeiras problemáticas. Organizações de direitos humanos acusam o país de restringir a liberdade de imprensa e de prender opositores políticos sem garantias adequadas. Essas denúncias afetam a imagem internacional de Bangladesh.
Climate change é outro ponto delicado. O país é extremamente vulnerável a enchentes e ciclones. Embora tenham sido criados sistemas de alerta precoce, a falta de investimento em adaptação nas áreas rurais ainda deixa milhões em risco.
Economicamente, a dependência das indústrias têxteis gera preocupação. A maioria dos empregos está concentrada nesse setor, e flutuações na demanda global podem desencadear crises internas. Diversificar a economia para tecnologia e serviços ainda é um desafio no plano de longo prazo.
Por fim, a sucessão política gera curiosidade. Hasina ainda não definiu publicamente quem assumirá o comando quando ela se afastar. Isso cria incerteza dentro do Awami League e pode influenciar a estabilidade futura do país.
Em resumo, Sheikh Hasina combina um histórico de desenvolvimento impressionante com críticas sérias sobre liberdades civis e gestão ambiental. Entender sua trajetória ajuda a perceber como Bangladesh está se posicionando no cenário global e quais obstáculos ainda precisa superar.