Se você acompanha futebol, já ouviu falar de Tite. O nome completo é Adenor Leonardo Bachi, mas todo mundo o chama de Tite. Ele nasceu em 1961, começou jogando meio‑campo e, após se aposentar, virou técnico. Hoje, ele é um dos treinadores mais respeitados do Brasil.
O caminho de Tite até a seleção não foi fácil. Ele começou nos bastidores de clubes pequenos, como o Ituano, onde conseguiu um título estadual. Depois, pegou time maior: o Corinthians. Lá, a bagunça acabou e Tite levou o Timão ao tri‑campeonato da Série A (2005‑2009) e à Libertadores de 2012. Esse sucesso acabou chamando a atenção da CBF, que o convidou para treinar a seleção em 2016.
A filosofia de Tite tem três pilares. Primeiro, ele prega organização tática: cada jogador sabe exatamente onde estar, como fechar espaços e como cobrir o adversário. Segundo, pressão alta: logo que perde a bola, a equipe tenta recuperá‑la rapidamente, dificultando a saída do time rival. Por fim, ele busca um ataque equilibrado, usando as alas, o meio‑campo criativo e um centroavante que se encaixe bem nas jogadas.
Esses princípios ficaram famosos na Copa do Mundo de 2018, quando o Brasil chegou às quartas‑de‑final. A maioria dos jogos teve a equipe controlando a posse e avançando com passes curtos. Claro, nem sempre funciona – o Brasil foi eliminado pela Bélgica – mas o conceito ainda agrada muita gente.
Entre os títulos, o mais lembrado é a Libertadores de 2012 com o Corinthians. Na seleção, Tite ganhou a Copa América de 2019, mas também viu o ouro da América do Sul escapar em 2021, quando o Brasil perdeu para a Argentina nos pênaltis. Recentemente, ele tem lidado com a renovação do grupo: jogadores mais velhos saem, e surgem jovens como Rodrygo, Gabriel Martinelli e Endrick. Tite precisa integrar esses talentos sem perder a identidade da equipe.
Além dos títulos, Tite também se destaca pela postura fora de campo. Ele costuma falar sobre fair play, respeito ao adversário e a importância da disciplina. Essa imagem ajudou a melhorar a reputação da seleção, que antes era vista como arrogante por alguns torcedores.
Se você ainda tem dúvidas sobre como Tite prepara seu time, vale observar o que ele faz nos treinamentos. Ele costuma dividir a equipe em grupos menores, focando em situações específicas: finalizações, bolas paradas e transição defensiva. Essa prática cria conforto nos jogadores, que sabem exatamente o que fazer em cada momento do jogo.
Em resumo, Tite combina experiência de clube, visão tática e liderança. Ele já colecionou vitórias, mas também aprendeu com derrotas. O futuro ainda traz perguntas: vai continuar na seleção? Vai mudar o estilo? Só o tempo dirá, mas a influência dele no futebol brasileiro já está garantida.