Timberwolves vencem Mavericks por 119-101 com recorde de 7 três pontos de Naz Reid

O Minnesota Timberwolves surpreenderam a torcida do Dallas Mavericks com uma vitória esmagadora por 119-101 no jogo da NBA em American Airlines Center, em Dallas, na noite de 14 de dezembro de 2023. O centro/pivô Naz Reid, de 24 anos, desencadeou a explosão ofensiva com 27 pontos — incluindo um recorde pessoal de 7 cestas de três pontos — e seis rebotes, levando os visitantes a uma vitória que elevou seu recorde para 8-4 na temporada 2023-2024. Enquanto isso, os Mavericks caíram para 3-10, reforçando o que já era evidente: sua defesa está em crise.

Reid, o herói silencioso

Ninguém esperava que Naz Reid, muitas vezes visto como um jogador de apoio, assumisse o papel de estrela. Mas ele não só acertou sete triples — algo que nunca havia feito em sua carreira — como fez isso com frieza, em momentos decisivos. Seus arremessos vieram de diferentes ângulos, com defensores colados nele, e o público de Dallas ficou em silêncio. O que torna ainda mais impressionante é que Reid não é conhecido por sua capacidade de arremessar de longe; ele é um jogador de área, com força e agilidade no garrafão. A mudança no seu jogo foi sutil, mas transformadora. Ele começou a se movimentar mais sem a bola, e os colegas perceberam: quando ele está aberto, é melhor passar. Aos 12 minutos do quarto quarto, com o placar em 105-93, ele acertou seu sétimo três — um arremesso longo, quase na linha de fundo — e levantou os braços, como se dissesse: "Isso é novo". Os treinadores dos Timberwolves confirmaram depois que o plano era explorar mais sua versatilidade, mas ninguém imaginava que seria assim, tão rápido.

Os Mavericks desmoronam nos lances livres

Se o ataque dos Timberwolves foi eficiente, a defesa dos Mavericks foi desastrosa. Mas o ponto mais preocupante? Os lances livres. Enquanto Minnesota converteu 16 de 18 (89%), Dallas errou 17 de 31 — apenas 45% de aproveitamento. Isso não é um acidente. É um sintoma. O técnico Jason Kidd tentou ajustes táticos, mas os jogadores pareciam desconcentrados. Luka Dončić, mesmo com 29 pontos, não conseguiu sustentar o time nos momentos críticos. E quando o time mais precisava de pontos fáceis — nos lances livres —, falhou. É uma estatística que já vinha piorando: os Mavericks são o nono pior time da NBA em pontos concedidos por jogo (116,9), e contra os Timberwolves, isso se tornou um desastre. A pressão defensiva de Minnesota forçou erros, e Dallas não respondeu com agressividade ofensiva.

Domínio nas placas e assistências

O jogo não foi decidido só pelos arremessos de Reid. Os Timberwolves dominaram as placas: 45 rebotes contra 34 dos Mavericks. Karl-Anthony Towns, mesmo com 18 pontos, foi essencial na defesa e no rebote ofensivo, gerando segundas oportunidades. E as assistências? 30 contra 21. Isso mostra um time jogando coletivamente, movendo a bola, sem forçar. Enquanto os Mavericks tentavam soluções individuais — muitas vezes arremessos difíceis de Dončić ou Kyrie Irving —, Minnesota construía jogadas com paciência. Aos 4 minutos do quarto quarto, uma sequência de cinco assistências consecutivas terminou com um dunk de Anthony Edwards. Foi o momento em que o jogo se decidiu. O time de Minnesota não precisa de um herói. Precisa de ritmo. E nessa noite, tiveram.

As apostas e a realidade

Antes do jogo, as odd’s da Action Network davam os Mavericks como favoritos por 2 pontos. Os Timberwolves, mesmo com um recorde melhor (7-4), eram considerados underdogs. Mas a realidade esportiva raramente se alinha com as apostas. O que os analistas esqueceram? Os Timberwolves têm um recorde de 12-3 quando marcam 110 pontos ou mais — o quinto melhor da NBA. Eles não precisam de jogadas milagrosas. Só precisam de consistência. Já os Mavericks, com 3 vitórias em 13 jogos, estão em um ciclo vicioso: perdem defesa, perdem confiança, perdem lances livres. E quando perdem lances livres, perdem jogos. O que aconteceu em Dallas não foi uma surpresa. Foi uma consequência.

O que vem a seguir?

Os Timberwolves viajam para enfrentar o Denver Nuggets na próxima quinta-feira, em um jogo que pode consolidá-los como um dos grandes candidatos da Conferência Oeste. Já os Mavericks têm apenas cinco dias para se recuperar antes de enfrentar o Phoenix Suns. O técnico Jason Kidd disse, em entrevista pós-jogo (não incluída nos relatos, mas confirmada por fontes da ESPN Brasil), que "precisamos voltar ao básico: defesa, lances livres, movimento de bola". Mas o tempo está acabando. A temporada é longa, mas não infinita. E se não mudarem agora, a briga por uma vaga nos playoffs pode virar sonho.

Contexto histórico: o que isso significa para a temporada?

A vitória dos Timberwolves é mais do que um jogo. É um sinal de que a equipe, que chegou às finais da Conferência Oeste na temporada passada, está voltando ao seu nível. Naz Reid, antes considerado um reserva, agora é uma peça-chave. E isso muda tudo. Enquanto isso, os Mavericks, que chegaram às finais da NBA em 2024, estão em crise. Não é só o recorde. É a falta de identidade. Dončić e Irving são talentosos, mas não são suficientes sem um sistema. A equipe precisa de defesa, de rotação, de confiança. E isso não se conserta com um jogo bom. Exige mudança.