A Volta Ciclística Internacional de Santa Catarina 2025Santa Catarina, Brasil está de volta depois de quase uma década de ausência, e a equipe AVAÍ Florianópolis chega pronta para defender o título que conquistou em 2015.
Contexto histórico e retorno do evento
Desde a quinta edição, realizada em 2015, a competição ficou fora do calendário da União Ciclística Internacional (UCI). O retorno foi anunciado em 2 de outubro de 2025 pelo jornalista Bernardo Penrose, que destacou a importância de reviver um clássico sul‑americano que já formou gerações de ciclistas.
Para a União Ciclística Internacional, o evento foi classificado como 2.2 – Stages – categoria‑2, o que garante pontuação para o ranking mundial e atrai equipes de fora do continente.
Detalhes da disputa e percurso
O itinerário contempla cinco etapas que totalizam 584 km, passando por cidades como Nova Veneza, Urubici, Lages, Urupema, Balneário Camboriú, Nova Trento e, finalmente, a capital Florianópolis.
O primeiro dia, 7 de outubro, será dedicado à recepção das equipes e ao congresso técnico em Nova Veneza. As corridas propriamente ditas terão início em 8 de outubro e terminarão no domingo, 12, com uma chegada de pista urbana em Florianópolis.
- Data oficial: 7 a 12 de outubro de 2025
- Distância total: 584 km
- Etapas: 5
- Classificação UCI: 2.2
- Participantes: 20 equipes internacionais
A equipe AVAÍ Florianópolis e seus atletas
O elenco que chega a Santa Catarina traz nomes que já brilharam nas estradas sul‑americanas. Entre eles:
- Cristian Luís Lazzari (bib nº 61) – especialista em subidas curtas.
- Matías Médici (bib nº 62) – forte no contra‑relógio.
- Diones Chinelatto (bib nº 63) – conhecido por escapadas agressivas.
- Pedro Hillo de Almeida Bertal (bib nº 64) – consistente nos percursos de média altitude.
- Luiz Felipe Arceno da Silva (bib nº 65) – jovem promessa do sprint final.
O time conta ainda com o apoio da diretoria da Confederação Brasileira de Ciclismo, que providenciou toda a logística nas seis cidades‑sede.
Reações das autoridades e expectativas econômicas
"É uma grande alegria trazer essa competição de volta. O objetivo é atrair grandes eventos esportivos para Santa Catarina, o que gera emprego, renda e fortalece a visibilidade do nosso estado", afirmou Ana Vieira, secretária de turismo de Lages.
O superintendente da fundação de esportes de Lages, Tyrone Machado, completou: "É uma retomada importante, não só pelo impacto internacional, mas também porque incentiva cada vez mais pessoas a praticarem a modalidade".
Os organizadores projetam que o turismo esportivo gere cerca de R$ 12 milhões em receita direta para os municípios envolvidos, além de impulsionar hotéis, restaurantes e comércio local.
Impacto no ciclismo regional e perspectivas futuras
Além do prestígio esportivo, a corrida serve como vitrine para o desenvolvimento de projetos de base. A equipe AVAÍ também tem investido em para‑ciclismo, com a formação AVAÍ/FME São José que venceu o PARAJASC em 2023.
Especialistas do Instituto Brasileiro de Ciclismo apontam que a presença de equipes de alto nível pode acelerar a criação de ciclovias e programas de incentivo nas cidades-sede, sobretudo em áreas rurais como Urupema.
Com a classificação UCI, os ciclistas brasileiros agora têm mais uma chance de pontuar para o Mundial, o que pode resultar em contratações por equipes europeias.
O que vem a seguir?
A próxima etapa, prevista para 9 de outubro, será a famosa subida de Urubici, conhecida como "Escadaria dos Ventos". Se a AVAÍ conseguir manter a liderança nas subidas, o sprint final em Florianópolis será ainda mais disputado.
Independentemente do resultado, a volta da Volta Ciclística Internacional de Santa Catarina já está dando o que falar – dos podios aos contratos de patrocínio, passando pelos hotéis lotados nas cidades pequenas.
Perguntas Frequentes
Como a volta da competição afeta o turismo em Santa Catarina?
O evento atrai atletas, equipes técnicas, jornalistas e seus acompanhantes de várias partes do mundo, o que eleva a ocupação hoteleira em até 30% nas cidades‑sede e gera receita adicional para restaurantes e transportes locais.
Quais são as principais equipes concorrentes além da AVAÍ?
Participam da prova times como Team Colombia, Movistar Team (representação sul‑americana), Team Uruguay e a seleção nacional de Portugal, todos disputando vagas de pontos no ranking da UCI.
Qual a importância da classificação 2.2 da UCI?
A categoria 2.2 garante que a corrida conte pontos para o ranking mundial de ciclistas de estrada, permitindo que atletas de equipes menores subam na classificação e atraiam olhares de clubes europeus.
Quais desafios logísticos os organizadores enfrentam?
Coordenar o tráfego nas rotas de montanha, garantir a segurança dos corredores nas áreas rurais e assegurar que a infraestrutura de apoio (pontos de hidratação, equipes médicas) esteja pronta são os maiores obstáculos.
O que o futuro reserva para o ciclismo em Santa Catarina?
Especialistas preveem a criação de uma série de corridas regionais de menor porte, inspiradas no sucesso da Volta, além de investimentos públicos em ciclovias urbanas e programas de incentivo ao esporte de base.
Avaliações
A volta da Volta Ciclística Internacional de Santa Catarina representa, sem dúvida, a reafirmação da supremacia do ciclismo brasileiro no cenário sul‑americano. Enquanto outras nações ainda vacilam, a AVAÍ Florianópolis demonstra excelência técnica e preparação meticulosa, atributos que somente equipes verdadeiramente elitistas podem ostentar. É inegável que este retorno consolidará ainda mais nossa posição de vanguarda no esporte.
Vamos dar o nosso melhor e contagiar a todos com energia positiva!
Embora a mídia local celebre com entusiasmo o retorno da prova, é misterioso observar que tal festividade pode mascarar deficiências estruturais ainda não sanadas nas cidades‑sede. A suposta geração de emprego, apontada como benefício ímpar, carece de dados empíricos que corroborem tal afirmação, sobretudo quando se analisam os índices de ocupação hoteleira dos anos anteriores. Ademais, a classificação UCI 2.2, embora meritória, pode induzir equipes estrangeiras a subestimar a complexidade logística que envolve percursos de altitude como Urupema. Não se pode olvidar que a segurança dos ciclistas, sobretudo nas subidas íngremes, depende de investimentos que ainda não foram totalizados pelos órgãos municipais. A crítica construtiva, portanto, revela que o entusiasmo popular pode obscurecer a necessidade de planejamento de longo prazo. É oportuno ressaltar que a presença de equipes europeias, embora prestigiosa, não garante automaticamente transferências de know‑how para o ciclismo nacional. As verdadeiras oportunidades residem na capacitação de atletas locais, que devem ser o foco prioritário dos patrocinadores. Outrossim, a promessa de receita de R$ 12 milhões carece de transparência quanto à destinação dos recursos, suscitando dúvidas sobre sua efetiva reinversão no esporte de base. No contexto das subidas de Urubici, a “Escadaria dos Ventos” tem sido romantizada, mas a realidade técnica impõe requisitos de treinamento que poucos atletas dominam. Assim, a expectativa de que a AVAÍ mantenha o título pode ser, no melhor dos casos, prematura e, no pior, ilusória. A homologação da prova pela UCI, embora formalmente válida, não exime as autoridades de responsabilidade ambiental nas áreas rurais atravessadas. Por conseguinte, o impacto ecológico das movimentações logísticas deve ser mitigado por políticas de compensação. Em suma, a volta da competição deve ser acompanhada de um escrutínio rigoroso, para que não se transforme em mero espetáculo sem substantiva contribuição ao desenvolvimento sustentável do ciclismo em Santa Catarina. Finalmente, ressalta‑se que o verdadeiro legado dependerá de investimentos contínuos, e não de um único evento pontual que, por si só, dificilmente alterará a paisagem esportiva regional.
É encorajador observar a dedicação da AVAÍ Florianópolis, e espero que a equipe organizadora continue a priorizar a segurança dos atletas e a comunicação transparente ao longo das etapas.
Acreditem, o treino nas subidas de Urubici vai nos dar a força que precisamos, então mantenham o foco, cuidem da alimentação e vamos com tudo para o sprint final!