Leeds faz história em seu retorno à elite
O Elland Road pulsava diferente no dia 18 de agosto de 2025. Depois de dois anos longe da Premier League, o Leeds United não deixou barato e marcou a retomada com uma vitória suada sobre o Everton, por 1 a 0, para alegria da torcida local. Mas o assunto que bombou depois do apito final nem foi o bom futebol dos donos da casa, e sim o pênalti polêmico que decidiu a partida.
Logo cedo, ficou claro que o Leeds estava disposto a mostrar serviço. O time empurrou o Everton contra as cordas em poucos minutos: foram cinco escanteios em 14 minutos, e uma pressão que transformou o primeiro tempo em praticamente um jogo de um time só. As estatísticas dizem tudo — enquanto os comandados de Daniel Farke tentavam de tudo no ataque, somando 12 chutes, o Everton simplesmente não assustou uma vez sequer antes do intervalo.
A missão de abrir o placar nem foi mais fácil depois. Pickford, sempre atento no gol do Everton, salvou o time em tentativas perigosas de Joël Piroe, que aproveitou falha de Tarkowski para finalizar com perigo. Jake O’Brien se esticou todo para evitar um gol certo de Struijk, e Willy Gnonto mandou por cima do travessão quando parecia que enfim sairia o grito da galera.
Everton resiste, mas pênalti decide
Se do lado do Leeds não faltava coragem para atacar, do lado do Everton sobrava cautela. O técnico David Moyes, de volta ao comando, apostou num estilo bem fechado, segurando o placar e apostando em raros contra-ataques. A estratégia quase deu certo, já que até então o time vinha de apenas três derrotas em 18 jogos sob seu comando. Só que nessa, a sorte não sorriu para o lado azul.
Quando pouco restava para o apito final, a arbitragem protagonizou a jogada da noite. Aos 84, Anton Stach arriscou de longe e a bola explodiu no braço de Tarkowski dentro da área. O juiz Chris Kavanagh não hesitou: marcou o pênalti, em meio a protestos e olhares incrédulos dos visitantes. O VAR confirmou: pênalti mantido. Coube ao estreante Lukas Nmecha assumir a responsabilidade e deslocar Pickford, garantindo o primeiro triunfo do Leeds na temporada.
As estatísticas do jogo traduzem bem a superioridade dos anfitriões: 21 chutes do Leeds contra apenas 7 do Everton, sendo 12 finalizações dentro da área para os donos da casa. No duelo físico e defensivo, equilíbrio — Everton fez 16 desarmes, Leeds, 15. O brasileiro Wilfried Gnonto se destacou nos carrinhos, enquanto Anton Stach, além da assistência para o pênalti, foi quem mais ameaçou de longe.
Do lado Toffee, Tim Iroegbunam segurou as pontas no meio, mas poucas vezes o Everton conseguiu sair para o ataque. Foram apenas quatro tentativas dentro da área dos mandantes, mostrando o quanto o time de Moyes teve dificuldade para reagir.
Além dos números, teve também um significado histórico: o Leeds não superava o Everton em Elland Road desde 2001. Foram 24 anos com empates e derrotas jogando em casa. Do outro lado, os visitantes viram ruir a sequência positiva que sustentavam em Yorkshire.
E para marcar ainda mais o clima do jogo, a partida começou com um minuto de silêncio em homenagem a Diogo Jota e André Silva, que deixou o estádio em clima de respeito antes da bola rolar. No fim, quem saiu celebrando foi mesmo o Leeds, que volta à elite dando um recado claro: quer brigar para ficar.