Duas Novas Caras nas Finais: Thunder e Pacers Mudam o Roteiro da NBA
Para quem se acostumou com finais dominadas pelos mesmos times e estrelas, a decisão da NBA Finals 2025 entre Oklahoma City Thunder e Indiana Pacers é uma reviravolta refrescante. É a primeira vez que essas duas franquias se enfrentam na briga pelo título e, além do ineditismo, impressiona o estilo de jogo ditado por jovens armadores brilhando em alto nível.
O Thunder chega com moral, apoiado numa campanha regular sólida e uma defesa que sufoca adversários, especialmente em transição. O sistema do técnico Mark Daigneault privilegia velocidade — muita velocidade — e aposta na força de Shai Gilgeous-Alexander (SGA) para criar vantagem contra qualquer marcador. Ao lado dele, Jalen Williams se firma como opção de impacto, colaborando tanto na pontuação quanto na defesa e nos rebotes.
Do outro lado, os Pacers quebraram vários prognósticos até aqui. Se na análise fria dos números a equipe parecia azarã, na quadra sobrou ousadia e eficiência: não à toa, o time registra incríveis 61,7% de true shooting nos playoffs, uma marca altíssima para o contexto decisivo. Tyrese Haliburton é o cérebro — acelera o jogo, dispara passes inacreditáveis e ainda junta seus próprios 20, 30 pontos quando o time precisa. O camaronês Pascal Siakam, campeão com o Raptors em 2019, traz o peso de já ter decidido e levanta o nível do quinteto titular.

Reviravoltas, Estratégias e Expectativas para a Série
No duelo inicial, parecia que o Thunder ditaria as regras embalado por sua torcida e uma arrancada de 15 pontos de vantagem. Só que o Pacers, fiel ao seu estilo acelerado e imprevisível, não desistiu: Haliburton foi cirúrgico até cravar a bola da vitória no estouro do cronômetro, concretizando uma das viradas mais empolgantes da temporada (placar final: 111 a 110 para Indiana). A equipe ainda se mantém fiel ao costume de render mais quando chega como azarã, um detalhe notado tanto por torcedores quanto por quem acompanha as apostas da série.
O desafio para a segunda partida será testar até onde vai a força coletiva do OKC, amplamente favorito em casa, principalmente por sua defesa em transição — onde conseguem travar ataques e forçar erros mesmo diante de rivais velozes e talentosos. Analistas apontam que, pelo desempenho durante a temporada, o Thunder ainda tem uma leve vantagem estrutural. Mas ninguém do lado azul espera vida fácil: Indiana se provou capaz de furar sistemas fechados, arremessar com precisão do perímetro e encontrar pontos em jogadores como Aaron Nesmith (abrindo a quadra) e Alex Caruso (trabalho na defesa e experiência).
No fim das contas, a série expõe o embate típico do basquete moderno: velocidade alucinante, arremessos de fora, intensidade dos dois lados e armadores no centro de tudo. Resta saber até onde o ataque incendiário dos Pacers consegue desafiar a disciplina tática e a profundidade defensiva do favoritismo Thunder. Não há espaço para erros: cada bola importa, cada ajuste vale um título inédito. A promessa é de espetáculo até o último segundo.