Quando você assiste a uma partida e vê a mulher ser tratada de forma diferente, já está enxergando o sexismo no esporte. Esse preconceito aparece de várias formas: salários menores, menos cobertura na mídia, piadas sobre o corpo da atleta e até agressões verbais. Não é só questão de opinião, são fatos que afetam a carreira e o bem‑estar de quem luta nos campos, quadras e pistas.
Um exemplo clássico são os contratos de patrocínio. Enquanto um jogador de futebol masculino pode ganhar milhões por contrato, a maioria das jogadoras de futebol recebe uma fração. Também tem o caso de transmissões: manchetes de esportes femininos recebem menos espaço nos portais, e quando aparecem, focam no visual da atleta ao invés do desempenho. Essa falta de visibilidade reduz o interesse do público e, consequentemente, o investimento.
Na prática, isso significa menos dinheiro para treinamentos, instalações precárias e até menos oportunidades de carreira depois de aposentada. Sem contar o efeito psicológico: atletas que sofrem comentários depreciativos podem perder confiança e até abandonar o esporte.
Primeiro, valorize o desempenho antes da aparência. Quando falar de uma jogadora, destaque gols, assistências, recordes – como o recorde mundial de Sandro Dias no skate, que mostra que mérito pode ser reconhecido quando dá atenção ao feito.
Segundo, apoie marcas que investem em igualdade. Comprar produtos ou assistir a transmissões que dão visibilidade às mulheres ajuda a criar um ciclo de mais patrocínio e cobertura.
Terceiro, denuncie abusos. Redes sociais são espaço para chamar atenção de casos de assédio ou salários injustos. As denúncias dão força para que órgãos esportivos tomem providências.
Quarto, incentive meninas a praticarem esportes desde cedo. Escolas e clubes que oferecem programas mistos ou equipes femininas aumentam a base de atletas e mudam a cultura a longo prazo.
Por fim, compartilhe informações. Quando você lê ou comenta sobre iniciativas que lutam contra o sexismo – como campanhas de igualdade de gênero ou estudos sobre a diferença salarial – ajuda a espalhar a conscientização.
O sexismo no esporte não desaparece da noite para o dia, mas cada atitude conta. Seja assistindo a uma partida feminina, comentando de forma respeitosa ou exigindo transparência nos contratos, você faz parte da mudança. E aí, que tal começar agora a apoiar o esporte sem preconceitos?