Você já ouviu falar que o breaking, aquela dança de rua cheia de giros e movimentos explosivos, vai estrear nos Jogos Olímpicos de Paris? Pois é, o COI oficializou o esporte em 2020 e, agora, ele faz parte da programação oficial de 2024. Se você curte cultura urbana ou quer entender como esse ritmo vai mudar o jeito de assistir às Olimpíadas, continue lendo.
O primeiro passo foi o reconhecimento do breaking como esporte pela International Olympic Committee (COI) em dezembro de 2020. A ideia principal era atrair um público mais jovem e diversificar a lista de modalidades. Em vez de colocar a dança em uma categoria artística, o COI optou por tratá‑la como competição, com juízes avaliando técnica, criatividade, musicalidade e execução.
Para garantir igualdade de gênero, foram criadas duas categorias: 1v1 masculino e 1v1 feminino. Cada uma terá 16 competidores, selecionados por meio de qualificações que incluem campeonatos mundiais, continentais e um torneio de qualificação específico para Paris.
As batalhas são duelos individuais (battle) onde dois dançarinos se enfrentam em rounds de 45 segundos, com intervalos curtos para a avaliação dos juízes. Cada round tem um tema de música, mas os dançarinos podem adaptar o som ao seu estilo. O vencedor de cada round soma pontos; quem chegar a três rounds vencidos leva a partida.
Os critérios de julgamento são bem claros: musicalidade (como o dançarino interpreta a batida), originalidade (moves novos ou variações criativas), tecnicidade (precisão e dificuldade dos passos) e performance (presença de palco e interação com o público).
Para quem acompanha, isso significa muita ação e surpresa a cada jogada. Não vai ter tempo para ficar entediado – o ritmo é intenso e as decisões dos juízes são quase sempre apertadas.
O Brasil tem uma cena de breaking muito forte, com crews como Bad Blood e Loopers já reconhecidos em campeonatos internacionais. Se algum brasileiro garantir vaga, vai ser motivo de orgulho nacional e um impulso enorme para a comunidade urbana aqui.
Se você quiser acompanhar de perto, fique de olho nos eventos de qualificação que acontecerão ao longo de 2023 e 2024. Muitos são transmitidos ao vivo nas redes sociais, então dá para ver os dançarinos mostrando tudo antes mesmo do grande dia.
Em resumo, o breaking chega às Olimpíadas para quebrar (sem trocadilhos) a ideia de que a competição é só sobre velocidade ou força. É sobre criatividade, estilo e atitude. Prepare a playlist, ajuste o volume e aproveite o espetáculo que promete mudar a cara dos Jogos de Paris 2024.